terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Vamos ler e refletir!

Li este texto em um blog, e achei bastante válido publicá-lo aqui, por termos vários casos assim na cidade e também para alertar para que isso não aconteça com o nosso Centro de Proteção e Bem Estar Animal...
 Já conheci/conhecemos muita gente boa que acabou se perdendo no caminho. Pessoas que deixaram de existir, dando lugar a zumbis que não enxergam o tamanho do mal que fazem. Vejo ultimamente muita gente boa querendo ajudar, pessoas que se comovem com aquela pessoa que tem 120 animais em casa. Pessoas, um princípio básico da ‘ajuda’ consiste em ser ela efetiva. Alguém com 120 animais não é um protetor: é um colecionador de animais.
      O que diferencia um protetor de um colecionador? É isso o que esse texto sutilmente mostra. Antes de se comover com histórias que rodam a Internet, cheque. Busque informações mais detalhadas, procure saber a real situação. Busque ajudar entidades ou pessoas sérias, que mostrem seu trabalho, que prestem contas. Lembrem-se que num local com tantos animais, raramente algum vive em estado pronto para a doação: ou estão doentes, ou famintos, ou deprimidos, ou irritadíssimos. E não, nem sempre um abrigo é melhor que a rua, muito pelo contrário. Quando preso num abrigo imundo, aquele animal não tem chance alguma.
      Muita gente que já teve a cabeça no lugar hoje tornou-se colecionador. Um colecionador normalmente não aceita visitas que não estejam agendadas, tem sempre uma desculpa para que os animais e ele próprio estejam em petição de miséria (sujeira no local, muitos bichos amontoados, e mesmo o colecionador via de regra vive sem banho, sem médico, sem alimentação adequada – como os animais que tem), raramente sai de casa e vive no vermelho. Viver no vermelho não é privilégio somente do colecionador (rs) mas é praticamente impossível ganhar R$100,00 e gastar R$1.000,00 mensalmente. Alguma coisa está errada quando isso é sistemático.
      É uma conta simples. O animal X tem valor sentimental, o Y é mascote, o Z ainda não está pronto, o A foi o primeiro animal, o V ficou 6 meses em tratamento e o colecionador se apegou a ele a ponto de não deixá-lo ir embora. Nunca adotante algum é bom o suficiente aos olhos do colecionador. O verdadeiro protetor de animais não prende as criaturas que resgata, porque o amor é saber deixar ir e ter uma vida digna. Um protetor conhece seus limites e tem vida própria.
      Desconfie de quem só recolhe animais, sem preocupar-se com sua doação. Desconfie de qualquer pessoa ou entidade que jamais divulga suas ações e os animais que doa – afinal, eles não são doados mesmo! Desconfie de quem não tem tempo para divulgar, ou para investir na doação, mas tem tempo para recolher. Recolher não, amontoar e condenar. Desconfie de quem vive doente, vive dizendo que seus animais só tem comida até amanhã. De quem vive ‘tocando tudo sozinho’, de quem diz sempre ser traído, ou abandonado. De quem nunca tem tempo de prestar contas, de fazer algo de efetivo. Busque informações para não correr o risco de alimentar o vício do colecionador, por dó dos animais.
      Há centenas de instituições e pessoas sérias. Há os colecionadores, os que fazem um desserviço, e isso não é fácil de atestar. Mas com boa vontade e olhos vivos, é possível enxergar e lutar para que existam cada vez menos nessas condições.
      A informação é a única arma contra os maus tratos. Aprisionar, condenar a uma vida de miséria, isso tudo significa maus tratos. Fique de olho.

texto reproduzido / fonte: 
http://blog.miadoselatidos.com.br

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