sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Cada um com sua opinião...


Segue abaixo nosso direito de resposta do texto “Animais Abandonados”...    



Em matéria publicada no dia 09 de agosto deste ano, na seção Opinião do Jornal Folha do Mate, a leitora Aurora Maria Musa, professora pós graduada em Letras, cita no início de seu texto “Animais Abandonados” a seguinte frase: 

 “A finalidade dos animais é servir as pessoas.”

 Acreditamos que não existe uma relação de servidão entre o animal humano e os demais animais, e sim uma relação de troca. Somos responsáveis pelo bem estar dos animais e sabemos que muito do nosso bem estar também se deve a eles. Precisamos lembrar esta senhora que além das funções citadas por ela (“de consumo ou de companhia”), existem também diversos tratamentos alternativos em que o convívio com animais é fundamental. Vamos citar apenas alguns:  equoterapia - terapia com cavalos, auxílio de cegos por meio de cão guia, tratamento de crianças vítimas de câncer com visitas de cães treinados, tratamento de depressão com animais de estimação, e por vai...


cães visitam crianças em treinamento contra câncer...


equoterapia com portadores de necessidades especiais...


Em relação ao “Centro de Proteção e Bem Estar Animal”, a polêmica já era esperada. Portanto precisamos esclarecer alguns pontos: Verba destinada à saúde (HSSM) chega ao destino via Secretaria de Saúde. Verba destinada ao bem estar de animais chega ao destino via Secretaria de Meio Ambiente, portanto uma coisa não tem nada a ver com a outra. Sendo mais claro, o fato do hospital passar por dificuldades financeiras não é motivo para a Prefeitura deixar de atender outras áreas e realizar outros projetos.

Todas as mais diversas áreas do município (meio ambiente, educação, lazer, esporte, cultura, desenvolvimento social...) continuam funcionando, com o Hospital em crise ou não!

Existe sim um projeto de criação de um “Centro de Proteção e Bem Estar Animal”, desenvolvido pela ONG em parceria com a Prefeitura, onde está se levando em conta todos os investimentos necessários para seu funcionamento. Sendo que alguns itens que foram citados pela referida senhora em seu texto, provam que a mesma desconhece o trabalho que vem sendo feito, bem como o real funcionamento de um espaço como este. Por exemplo: a criação de uma nova secretaria específica para o funcionamento deste Centro de Proteção é completamente desnecessária, isso não acontece em nenhum outro município, que prova novamente o total desconhecimento do assunto por esta senhora.

Esse “Centro de Proteção” será um local para abrigar temporariamente animais que forem recolhidos na rua em situação de risco, já que desde 2009, depois da criação da Lei Estadual  13.193 / 2009, nenhum animal pode ser simplesmente  “recolhido e exterminado” .

Ela diz: “No mais, cães de rua não tem dono, a prefeitura recolhe e extermina por uma questão de saúde e economia. Ou a sociedade pode pagar hotel para cães e gatos?” Essas palavras são tão agressivas que causam repúdio a qualquer pessoa que tenha um pingo de sensibilidade para com os animais... e mais uma vez nos mostra o quanto esta senhora  desconhece a realidade e as leis que defendem os animais.

Já a relação latidos x sono é basicamente um problema entre vizinhos, e sempre será uma questão delicada enquanto um estiver invadindo o espaço do outro. Assim como a relação entre os moradores da vizinhança dos postos de gasolina e os jovens que ouvem o som alto, os pacientes do hospital e as festas barulhentas que acontecem nos pavilhões ao lado, os comerciantes do centro e os veículos de propagandas sonoras, os gremistas e os colorados... Quem tem razão? Cada um sempre irá enxergar o seu lado...
O incômodo desta senhora em relação aos fatos citados “gatos em pátio alheio caçando pássaros, cães levados a passeio urinando em flores na calçada, defecando no passeio público... “ deixa claro que a sua preocupação não é com os “animais abandonados”, como sugere o título da matéria, mas sim com o incômodo que os animais em geral causam a esta senhora.

Além disso, estranhamos a comparação entre crianças e animais, citando que “o dono descarta o animal e adota outro, não podendo fazer isso com um filho”. Porém, sabemos que a realidade não é esta. Existem diversos casos de mães que abandonam seus filhos, muitas vezes em lixeiras, à própria sorte. O abandono está diretamente ligado ao senso de responsabilidade de cada um.

Em relação aos "chip's", que esta senhora coloca como sendo a solução para os "animais com dono", é apenas uma das maneiras (na verdade uma das mais caras), de se organizar e controlar um cadastro de animais na cidade. Mas ela não lembra do custo disso tudo e nem sabe como funciona a leitura destes "chip's". Nem é tão simples como parece...

Estamos certos de que é preciso trabalhar a conscientização das pessoas – a chamada posse responsável. Porém, se somente isso fosse suficiente não teríamos tantas pessoas vítimas de acidentes de trânsito, AIDS e drogas, já que as campanhas estão aí, aos milhares. Há muito mais a ser feito do que apenas falar e criticar.
Por isso continuaremos trabalhando em nossas parcerias, como o projeto Folheando, Folha Cidadania, no Momento Amigo Bicho na Rádio Venâncio Aires,  em nossos eventos beneficentes e feiras de adoção. E sempre certos de que continuaremos com o total apoio de clínicas veterinárias, agropecuárias e pet shops. E além disso, com  o forte apoio da comunidade, que sempre colabora em benefício dos animais.

Para finalizar, faremos do depoimento de uma associada, as nossas palavras:

“Você tem alguém em sua vida que te ame incondicionalmente, que te olhe com olhar de gratidão apaixonada, que te conhece há pouco tempo, mas que já te transformou em seu mundo? Que gosta da sua companhia, te aceita, te entende e não te julga ou censura? Alguém que parece estar ali apenas para te fazer feliz?
Sinto-me privilegiado, pois já tive este amor dezenas de vezes...
É o amor incondicional de um animal resgatado. Salvo da dor, da fome e do abandono através das minhas mãos."





Um comentário:

  1. Jesus! Nunca vi tanta ignorância partindo de uma pessoa só. Que esta criatura pense isso tudo eu não me admiro, afinal, existe todo o tipo de gente, mas que ela tenha coragem e cara de pau de pôr isso no jornal. É sempre a mesma história, "com tanta gente passando fome, gastar dinheiro com bicho" ou "com tanta gente sem ter onde morar, gastar dinheiro com abrigo para cachorro". Ah, gentinha ignorante!

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